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Apesar da falta d’água, PG teve chuvas acima da média neste ano

Acumulado de chuva registrado desde o início deste ano se aproxima dos 250 milímetros

Sanepar afirma que interrupção no abastecimento não está relacionada ao volume de precipitação
Sanepar afirma que interrupção no abastecimento não está relacionada ao volume de precipitação -

Da Redação

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Moradores de diferentes regiões de Ponta Grossa enfrentam, há pelo menos cinco dias, falta d'água em suas residências. A Sanepar alega que os reservatórios estão em nível crítico por conta do alto consumo e das altas temperaturas registradas na última semana. No entanto, a reportagem do Portal aRede confirmou junto ao Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) que já choveu mais de 50% do esperado para fevereiro na cidade.

De acordo com a estação meteorológica instalada no município, entre os dias 1º e 16 de fevereiro, o acumulado contabilizado em Ponta Grossa foi de 77,4 milímetros. O valor é três vezes maior que a precipitação registrada na cidade no mesmo período do ano passado, 25,8 mm

Quando se considera a chuva de janeiro, o acumulado registrado ultrapassou a média histórica para o mês, que é de 159 mm. Em 31 dias, a entidade contabilizou 173 mm em Ponta Grossa. Ou seja, desde o início de 2025, já choveu quase 250 milímetros na cidade.

A reportagem questionou a Sanepar se há um volume de chuva ideal para manter os reservatórios do município em um nível seguro. Em resposta, a Companhia disse que as interrupções no abastecimento não estão relacionadas ao volume de precipitação, mas sim ao nível dos reservatórios de água tratada. A nota explica que Ponta Grossa possui cinco centros de reservação que, juntos, armazenam 36 milhões de litros de água tratada. As estruturas são responsáveis por armazenar a água antes da distribuição aos consumidores e manter o equilíbrio entre a produção e a demanda

"O que ocorre é que, nos momentos de grande consumo, estes reservatórios baixam rapidamente, o que exige manobras operacionais de diminuição temporária de pressão em alguns setores da cidade, levando em conta o “caminho” que a água faz, desde a sua captação, na forma in natura, percorrendo as adutoras para chegar até a estação de tratamento, e da estação de tratamento para os reservatórios e redes de distribuição, de onde finalmente chega até o ponto de entrega do cliente", aponta a nota. 

O Portal aRede ainda perguntou se outros municípios que também tiveram altas temperaturas enfrentam problemas de abastecimento. A Companhia afirmou que a dificuldade, em alguns momentos, atinge diferentes regiões do Paraná em função do calor acentuado, mas não informou quais cidades.

Por fim, a reportagem também questionou se a falta d'água em Ponta Grossa estaria associada a um possível problema de captação. A Sanepar respondeu que não há nenhum registro recente de intercorrência em seus sistemas de captação. 

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